natureza morta
A Série JARDIM 146 x 114 x 2,5 cm., misturado sobre tela.
Esta nova série nasceu como todas as séries: um acúmulo de determinadas circunstâncias e encadeamentos de conceitos que falam de experiência de vida.
A flor, o fruto, o que nasce e evolui, símbolo da própria vida, da energia, do que respira e se desenvolve, da pintura.
É através de conceitos associados ao vital e ao feminino que “O Jardim” prolifera na figuração de diferentes plantas (lírios, crisântemos, rosas, girassóis ou nenúfares) que se conjugam na expressão através de uma paleta vibrante, colorida, quase sonora.
Essas plantas e essas cores ao mesmo tempo são cheias de simbolismo e até mistério para a própria artista. Nasce de uma obra principal chamada “Magna” onde é apresentada a “semente” que posteriormente combina os temas da mulher em outra obra como “Lilicam”. Estas obras são resultados da procura de conceitos iconológicos, a partir do “Dicionário de Símbolos” de E. Cirlot, mas que posteriormente, sem premeditação, evoluem para combinar uma profundidade existencial que remete aos discursos clássicos do memento mori e das naturezas-mortas barrocas. (obra de Inma Fierro “Natureza Morta”).
O Jardim fala-nos da vida, do sorriso, da primavera, do primeiro amor, do crescimento, do sincero, do inevitável, da morte...; sempre pelo olhar da mulher, do género feminino, da visão pessoal e do discurso meditado que convida ao olhar reflexivo, à observação para pensar.
Inma Fierro